Tuesday, December 25, 2007

curso preparatório







PRIMEIRA PARTE – a grécia

A

1. O corpo homérico, a negação e as musas
2. A imanência do heroi e a métis («meticuloso»)
3. A morte na guerra (o enthousiasmous guerreiro)
4. O pudor de Ulisses e a internalização do mito (dissociação mito/pensamento)
5. A genealogia quase filosofante de Hesíodo
6. O nascimento das subjectividades na poesia (Safo, Alceu, etc)
7. Os pitagóricos ou a geometria como forma e tabú (o horror da morte) – o kairós
8. Heraclito e o Logos guerreiro (interiorização da Íliada)
9. Parménides e o canto das sereias (interiorização da Odisseia)
10. Zenão: refutação e paradoxa.


B

1. A dilaceração dionísiaca
2. O orfismo e a inversão do sacríficio
3. O teatro e o nascimento da multiplicidade (as incongruências do Nomos)
4. Empédocles, o farmakón, as purificações e o discurso rico
5. Da paradoxa à doxa – a sofística e o «direito» da opinião
6. Górgias, a paródia do ser no não-ser e o elogio da ilusão,
7. Antiphon, o deslaçamento do Logos, a visibilidade, e a arte de curar
8. Sócrates e a refutação da refutação ou o paradoxo do paradoxo



C

1. Os socráticos (megaricos, etc.)
2. Platão, os arquétipos e a teatralização do Ser – as alegorias.
3. Aristóteles, a categorização, a lógica e a katharsis.
4. Os cínicos – o galo depenado e o cão vagabundo
5. Os cépticos – a estética da distanciação
6. Os epicuristas
7. A radicalidade estoica



D

1. A literatura e a paródia – poemas cómicos, o epigrama
2. A retórica e o romanesco – Satyricon
3. O romance de amor e a ekphrasis
4. Luciano – os dialogos menipeicos e a ficção pura
5. Apuleio – magia e burrices

E

1. Marco Aurélio e a atenção aos detalhes – as coisas (estoicismo ou anti-filosofia?)
2. Pseudo-Séneca, Quintiliano e teatros da memória
3. Plotino e a imersão no absoluto (a abolição dos detalhes) – a apatia
4. Porfírio, Proclus, Jamblico ( magias, simbolos e categorias) – o transe
5. O pseudo-Longinos e o sublime retórico
6. Diogenes Laerces e o filosofo como personagem – as biografias
7. Damascio e a aporia – o silêncio
8. O dionisismo hiperbarroco – as dionisíacas de Nonno (um cristão desconvertido) – influências de Nonno de Panóplis na literatura do sec. XVII.



SEGUNDA PARTE – o Oriente







F

1. O enigma Mohenjo-Daro e as relações «comerciais» e estilisticas com a civilização cretense e sumério-acádica – uma tradição icónica (problemas de datação e... - «ausência de deuses»?)
2. O aniconismo védico – ritualismo, recitação e memorização.
3. Os «vedas foram escritos?» - divinização da escrita e da memória – o conflito platónico (Fedro) elidido.
4. Comentários de comentários ao ritualismo – a burocratização do ritual
5. Os araniaka - a renuncia, a fuga das cidades, os primeiros friques.
6. Os primeiros (e principais) Upanishades – anti-ritualismo e amoralismo
7. O absoluto e as suas fórmulas
8. O som – o absoluto como imanência sonora (vibração)


G

1. Oposições «estruturais» entre china e india (filolacteo/lactofobos, côr/ claro-escuro, identificação com absoluto/relações do relativo, renuncia/familismo, oralismo/escribismo, divinização do silabário/extase da caligrafia, jogos impessoais de linguagem/lirismo, estética da intensidade/estética da subtileza, guru/exames, etc.).
2. Confúcio – a ordem, a ritualização, o pragmatismo, a honestidade, a habilidade.
3. O I Ching, o Ki, o Ren
4. Lao-Tseu– a desordem, a espontaneidade e o estado.
5. Tchuang-tseu – uma precisa e cómica retórica do caos (a negação múltipla).
6. Sofistas e despotismos – cepticismo, burocratização e centralização
7. A sistematização de correspondências e emblemas
8. O neo-confucionismo e as sínteses taoístas-confucianas – o caso do taixuanxing
9. As coisas esquesitas – a curiosidade na origem do romanesco.
10. A literatura como exploração do «degradante» e do fantástico.
11. Intimidade – a solidão, a embrieguez, a crítica social, o erotismo aventuroso.
12. Informal e indeterminação – o pincel, a expressividade, «cavalgar o Ki», «acalmar».





H

1. As dissidências «jaina» - o ascetismo radical e a humilhação voluntária.
2. O budismo como via do meio – o ascetismo soft.
3. A comunidade (sanga) – uma arte que una a comunidade (propaganda e espirito missionário – sutras e grutas)
4. A oficialização do budismo – a rápida monumentalização
5. A influência grega nas artes e...na sistematização do pensamento budista.
6. A teoria da vacuidade e do deslaçamento de tudo.
7. Nagarjuna e a refutação extrema – os seus paradoxos vão contaminar quer o pensamento hindú quer o chinês (Chan, Zen). Influência de Aristóteles e da Sofística grega?
8. Um «abstraccionismo» sem forma.


I

1. A reacção hindú ao dominio politico budista – os «épicos» Ramayana e Mahabharata (hipótese Biardeau)
2. Os sutras e a sistematização esquemática do ensinável – a categorização total.
3. Aparência, ilusão e a nova ritualização – mitologia e devoção .
4. Os «puranas» dos novos «velhos» deuses – Shiva, Krishna e as enérgicas deusas.
5. Estética musical e teatral – os ragas e os rasas. Kalidasa.
6. Os seis darshanas ( os Números, a Gramática, o Atomismo, o Ritualismo, o Yoga, etc.)
7. Bhagavat Gita e Kant (dever, devoção e desinteresse), um estranho paradoxo a partir do dever do guerreiro.



J

1. O tantrismo hindu-budista – o corpo e as deusas.
2. A linguagem obscura (crepuscular) e dissimulante
3. Sexualização da ritualização
4. Yantras, Mantras, sons, posturas, cosmogonias, coprpo, fálico, etc.
5. Abhinavagupta
6. Marpa e Milarepa




TERCEIRA PARTE – Ìcones e Iconoclasmas







K

1. Palavra versus imagem – o anti-iconismo mosaico
2. Acabar com o politeísmo – asfixia dos poderes mágicos das imagens
3. Uma política abstraccionista?
4. Arte combinatória e ornamento – alternativas à representação?
5. Jesus – multiplicidade de atitudes para com a imagem (os vendilhões, o Logos joanino, etc.)
6. Jesus o mago, segundo o Corão (Jesus iconófilo)
7. A Cabala, ou a subversão do iconoclasma através da Doxa – as imagens mediadoras, o trono, as parábola, o comentário e a anedota (o romanesco rabínico).
8. Corão - um Deus limpo e sistemático – iconoclasma e «misericórdia divina».
9. Fusões e traduções greco-judaicas-mussulmanas-cristãs
10. O mundo imaginalis (mística) e sufismo – imagens do extase
11. As mil e uma noites e o romance de alezandre – miniaturas persas e turcas (o requinte)
12. O confessionalismo agostiniano (a felix culpa)


L

1. Os mitos anti-genésicos (o gnosticismo ou o retorno ao titanesco)
2. A degradação – entropia e exílio
3. A questão do mal versus a da culpa (o conhecimento como desculpabilização)
4. O monstruoso – os deuses abjectos (as imagens da abjecção)
5. A hieroglifização alegorizante
6. Orgia e sabedoria, elistismo e secretismo (o bluff da decifração)
7. A pulsão «hermética» - alquímia, «corpus hermeticum»
8. Os Faustos e os Dons Juans
9. Anseadade de saber e estudo – a melancolia e suas anatomias
10. Os vícios ocultistas e a mania da conspiração.



M

1. Escolástica e Heresias
2. A politica iconoclasta de Carlos Magnum e a recuperação do saber antigo
3. Dionísio Areopagita – o monstruoso é a melhor adequação no que se refere ao que é apofático
4. Hildegarda de Bingen e Scotus Eurigena
5. A àrvore de Porfírio
6. Platónicos e Aristotélicos, ou Realistas e Nominalistas
7. Flatus Vocis e Abelardo
8. Polémicas àrabes
9. Alberto o Grande (o enciclopedismo)
10. A estética tomista
11. Artes da memória (redes meditativas)
12. Eckhart, o Nada, as beginas, etc. – sexualidade, abandono, mística, vazio e Verbo
13. Dante e Cavalcanti (Virtus e Potencia)
14. Raimon Lull




N


1. As crises iconoclastas – quadro histórico
2. Os argumentos
3. João de Damasco
4. A ideia
5. Iconoclastias no século XX – os pressupostos da arte abstracta.


O

1. Fantasia, Grotesco e Ornamento
2. A estética franciscana – a atenção à natureza e às coisas (Francis Ponge)
3. O ornamento naturalista
4. Giotto, Ucello, Della Francesca e a perspectiva
5. O paradigma renascentista – o ponto de fuga e suas linhas de ordem
6. Dispositivos òpticos – Hockney, os flamengos, Caravaggio
7. Leonardo e a topologia – o mundo como formas e suas variações
8. A fantasia, ou as imagens interiores (contra os dispositivos òpticos)
9. A inversão «carnavalesca» do mundo – das paródias medievais a Cervantes, Rabelais, Shakespeare, etc.
10. A descoberta dos grottesche – a desnaturalização do ornamento – querelas antigas (Horacio)
11. Aticismo e Asianismo, Protestantismo e Jesuitismo.
12. O Barroco – a elipse mascarante de Descartes, os alegres afectos de Espinosa, as dobras espelhantes de Leibnitz e a orelha (escuridão, medo, musicalidade, paixões)
13. Os teóricos da Dissimulação – Acceto
14. Os canudos de Tesauro – Baltasar Gracian, Athanasius Kircher
15. Shaftesbury – o entusiasmo, o sublime e a femenilidade
16. Sade – o deboche organizado e as geometrias da pornografia
17. Memorialismo e ensaios – Montaigne, Casanova, Gozzi, Da Ponte




QUARTA PARTE - modernices








P


1. Ser moderno – Diderot e Baudelaire (vanguarda, tédio e voyerismo)
2. O Sobrinho de Rameau – as virtudes do crápula
3. Fusées e Mon couer mis à nú – a santidade, masturbação, prostituição, hipocrisia
4. Futurismos – Ruídismo, Lúxuria, virilização, guerra.
5. Marinetti, Russolo, Mayakovsky – fascismo e bolchevismo.
6. Dadaísmos – acaso, dialética, nihilismo, primitivismo, liberdade – o caracter convencional das artes e o lado devocional das claques
7. Construtivismos – Malevich e o Ìcone, Mondrian e a desnaturalização, Corbusier e o canónico
8. Teorias ortodoxos do modernismo – abstração e guerra ao ornamento
9. Surrealismo e Kitsch (o anti-modernismo e a provocação como dever)



Q


1. Hegel, Schpenhauer, Stirner, Marx e Nietszche
2. O enamoramento do fim da arte na època da sua lenta dissolução na «vida»
3. Picasso e a «mentira»
4. O sensualismo hedonista de Matisse – o materialista da côr
5. As matérias demenciais de Dubuffet
6. Musicalidade formalista e idealismo em Klee e Kandinsky



R


1. O riso, depois de todas as dialéticas
2. O nihilismo monstruoso de Picabia
3. Schwitters – construir a partir de de restos
4. O atomismo poético de Schwitters, Hausman e dos russos
5. Duchamp, entre o aleatório, o classicismo e a indiferença



S


1. Psicanálise, mitologia, post-guerra
2. O regresso do sublime – o expressionismo abstracto
3. Emerson, Thoreau, surrealismo, psicanálise – a grande pulsão americana
4. O anarquismo privado de Newman
5. O iconoclasma negro de Reinhardt
6. O «existencialismo» de Motherwell



T


1. O popismo a partir de Benjamin e antes de Debord
2. Wharhol, o dandismo na época da repetição
3. Hiperrealidade, a Galáxia de Gutemberg – a elétrica américa
4. O obsoleto e literário popismo europeu – Hockney, Kitaj, Richter
5. O moicano verde das estepes – Beuys o xamã académico


QUINTA PARTE – em busca de uma post-modernidade









U


1. Da cibernética à complexidade
2. Wittegenstein e a semiótica
3. Duchamp remix
4. Soll Lewitt, serialismo e Kubler
5. Kosuth e a arte na época da sua (falhada) auto-defenição
6. O computador, o arquivo e a linguagem
7. A política – o marxismo obsoleto e os situacionistas desesperados
8. Hiperrealismo e Fétiche


V

1. Joyce – do Ulisses ao Finnegans Wake
2. Do Work in Progress à Obra Aberta (Eco)
3. Against Closure
4. Oulipo e a hipótese das restrições criativas
5. Pérec
6. Calvino (ensaios para o milénio)
7. A hibridização


X

1. Cage – o acaso, o ruído e a teatrealidade
2. Minimais e repetitivos
3. Johns e Rauschemberg
4. A performance
5. O I Ching e o camarada Mao
6. Burroughs, drogas e exotismos



Y


1. Gombrowicsz
2. As irrequietas necessidades da forma
3. Pulsões e obscenidades
4. Os excessos de um Eu periférico (argentina e polónia)
5. O desejo da maturidade pela imaturidade
6. Henry Miller e a arte como autobiografia
7. Kunh, Popper, Feyerabend, Morin – complexidades e paradigmas
8. René Thom – a topologia catastrófica
9. Deleuze – o risoma
10. Lyotard – da condição post-moderna ao sublime



Z

1. Casos portugueses – os netos de Orfeu
2. Pessoa e a fractalização do sujeito
3. Construção do estilo e do sujeito como software
4. A influência a partir de Bloom – os fantasmas múltiplos
5. Ernesto de Sousa – a vanguarda como analogia cinematográfica entre diversas imanencias (o teu corpo é o meu corpo)
6. Batarda – pastiche, pseudonomia, heteronomia, auto-paródia, pseudo-auto-paródia, excelência, dissimulação, retorcidismo, trocadilho, pornografia, desconversa, detalhesinhos
7. Alberto Carneiro – uma pornoecologia tantrica no canavial e na horta
8. Àlvaro Lapa – Adorno para beatnicks